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ARTIGOS

HISTÓRIA DE SÃO VICENTE
HISTÓRIA DE SÃO VICENTE


A história de São Vicente confunde-se com a história do Brasil e com a história da formação do Estado de São Paulo.

A tomada de La Pelerine, diz Capistrano de Abreu ("Capítulos da História Colonial" 1500-1800), a feitoria francesa fundada em Pernambuco, e notícias de preparativos para se fundarem outras feitorias francesas ao longo do litoral brasileiro, espancaram finalmente a inércia real portuguesa.

Escrevendo a Martim Afonso de Souza, a 28 de setembro de 1532, anuncia-lhe el-Rei D. João III a resolução de marcar a costa brasileira, desde Pernambuco até o Rio da Prata e doá-la em Capitanias de cinquenta léguas cada a nobres e homens de confiança do governo português. Martim Afonso teria cem léguas e seu irmão, Pero Lopes, seria um dos donatários.

Os donatários seriam senhores de suas terras: teriam jurisdição civil e criminal, com alçada de até cem mil réis na primeira e com alçada no crime, até a condenação a morte, para escravos, índios, peões e homens livres. Para pessoas de maior qualidade até dez anos de degredo ou cem cruzados de pena. Na heresia (se o  herege fosse entregue pelo eclesiástico), traição, sodomia, etc... , a alçada iria até a pena de morte, qualquer que fosse a qualidade do réu, dando-se apelação ou agravo, somente se a pena não fosse capital.

Os donatários poderiam fundar vilas com termos, jurisdição, insígnias (pelourinhos), ao longo das costas e rios navegáveis; seriam senhores das ilhas adjacentes até dez léguas da costa; os ouvidores, os tabeliães de público  e judiciais seriam nomeados pelos respectivos donatários que poderiam livremente dar terras de sesmarias exceto à própria mulher e ao filho herdeiro.(1)

Em suma, D. João III criou uma estrutura feudal e tratou de armar os donatários de poderes suficientes para evitar possíveis usurpações análogas às ocorridas na história portuguesa da idade média.

O veneziano Pedro Caraldo dá notícias de uma esquadra anterior à de Martim Afonso (documento de 1533) onde teriam vindo três caravelas, cada uma com dez a doze condenados à morte, mas não existe documentação maior além desse relato. Essa armada explicaria uma série de pontos obscuros da história. Os documentos mais antigos da doação da capitania datam de 1534.

A esquadra de Martim Afonso partiu de Lisboa a 16 de dezembro de 1530, com cinco embarcações e quatrocentos homens, sendo o piloto principal e imediato de Martim Afonso, seu irmão, Pero Lopes. Aportou em Pernambuco em 17 de fevereiro de 1531 ("Diário de Pero Lopes"). 

Martim Afonso de Sousa demorou um ano para chegar a São Vicente. Chegando a Pernambuco, dali, mandou de volta João de Sousa com informações para o rei e seguiu para o sul, aportando na Bahia, onde se encontrou com Caramuru. Percorreu a costa, enfrentou tempestades e, já próximo a São Vicente, resolveu ir até o Rio da Prata, atendendo à ordem de D. João III para demarcar a costa e adiando o desembarque e a fundação da Vila.

No dia 30 de abril de 1531, ao meio-dia, ele entrou na baía da Guanabara, onde mandou construir uma casa forte e instalar uma ferraria para reparo das naus. A 1º de agosto a expedição continuou seu caminho, chegando, no dia 12, à baía de Cananéia, onde encontrou portugueses e castelhanos.Nessa viagem pelas costas brasileiras, durante quase um ano, enfrentou tempestades, o naufrágio da nau capitânea e um combate com navios franceses que faziam contrabando de pau-brasil. No dia 20 de janeiro de 1532, o comandante vê surgir a ilha de São Vicente.O  mau tempo, porém, impediu a entrada dos navios na barra, o que só ocorreu no dia 22.

Em São Vicente já existia uma pequena povoação, bem como o nome já havia sido definido desde 1502,  quando uma flotilha de três navios foi mandada pelo rei D. Manuel para explorar a costa brasileira. Esta primeira expedição, comandada pelo capitão Gaspar de Lemos, teve a participação do navegador florentino Américo Vespúcio, encarregado de anotar os acidentes geográficos. Os navios chegaram a Porto Seguro em julho de 1501 e, a partir daí, foram descendo e dando nome a rios, baías e ilhas. No dia 22 de janeiro de 1502 (coincidentemente, exatamente trinta anos antes da chegada de Martim Afonso), a expedição chegou a uma ilha que era conhecida como Guayó, à qual foi dado o nome do santo do dia: São Vicente.

Logo depois de chegar a São Vicente e instalar a organização administrativa que transformava o povoado em Vila, Martim Afonso de Sousa mandou demarcar terras e as distribuiu em lotes aos colonos. A posse era provisória, em alguns casos, e o donatário poderia utilizá-la apenas enquanto a cultivasse. O uso correto e a produção constante resultavam no título definitivo de propriedade.

Dois homens que se destacaram nos primórdios da fundação de São Vicente foram João Ramalho e Brás Cubas

João Ramalho é uma das figuras mais controvertidas da história da Capitania de São Vicente. Temido pelos jesuítas e portugueses por sua valentia, foi adorado pelos índios e, com sua família, fincou as raízes de povoações que deram origem às cidades de Santo André e São Paulo, a cujas Câmaras pertenceu. Esse português de Vouzela, segundo alguns, ou de Coimbra, segundo outros, já morava por aqui quando Martim Afonso de Sousa chegou. Ninguém sabe como aportou aqui. Não há registros e ele próprio jamais contou. É um mistério que nenhum historiador conseguiu decifrar. O pesquisador e ex-presidente da República Washington Luiz considera que ele foi um dos primeiros - talvez o primeiro português - que se fixou no porto de São Vicente. Uma das possibilidades era ter sua chegada ocorrida com a expedição citada pelo veneziano Pero Caraldo.

João Ramalho se destacou entre o litoral e o planalto, abrindo picadas, criando aldeamentos (fundou Santo André) e utilizando sua amizade com os índios para facilitar a colonização. Esteve em choque com os padres porque vivia maritalmente com várias índias, "filhas dos maiorais". A reconciliação ocorreu quando se casou com a índia Bartira, filha do cacique Tibiriçá. Foi ele também vereador em São Paulo, Santo André, alcaide-mor do campo e figura respeitadíssima pelos moradores dos vilarejos, apesar de inculto e selvagem. Morreu com mais de 80 anos.

Brás Cubas, jovem criado de Martim Afonso, outro dos primeiros povoadores, aportou em São Vicente em 1540. Governou mais de uma vez a terra, guerreou contra os Tamoios, fortificou Bertioga, fundou a vila de Santos que possuía melhor porto e mais tarde empenhou-se na busca de ouro.

Começou-se, então, o cultivo organizado de vários produtos, com destaque para o trigo, a vinha e a cana-de-açúcar. Para estimular o setor açucareiro, Martim Afonso de Sousa mandou erguer um pequeno engenho movido à água no centro da Vila, o primeiro engenho do Brasil. Com o sucesso desse primeiro, outros engenhos foram construídos em toda a região e, em poucos anos, São Vicente já vendia açúcar e aguardente para outras Capitanias brasileiras e até exportava os produtos para o Reino.

Com o sucesso alcançado, o passo seguinte foi a organização de uma empresa mercantil para a comercialização do excedente, já que a produção era bem superior às necessidades do consumo local. Martim Afonso de Sousa, mais uma vez, foi o pioneiro em terras brasileiras. Foi dele a iniciativa de criar uma instituição que representasse diretamente os colonos nas negociações de venda local e exportação dos produtos locais, além da intermediação da aquisição de gêneros europeus.

O progresso da Vila era tal que muitos colonos portugueses pensaram em mandar vir as famílias que haviam deixado para trás. Foram tempos de glória, pois todo o movimento econômico da Ilha e redondezas era concentrado aqui. São Vicente abrigou o primeiro empório marítimo da costa, que se localizava onde hoje está o Porto das Naus. Também foi daqui que saíram as primeiras expedições portuguesas para o Interior, inclusive a que fundou a Vila de São Paulo de Piratininga.

A agricultura prosperava nessa fase. Os índios cultivavam a mandioca, o milho, o arroz, o algodão e várias espécies de batatas. Além disso, eles industrializavam a farinha de mandioca e produziam variado artesanato. O algodão nativo passou a ser cultivado, dando origem à indústria caseira de tecido. Nesse pormenor, as técnicas dos brancos prevaleceram sobre as nativas, embora os índios e os mestiços fossem os tecelões mais hábeis da Capitania.

A criação de gado, cavalos, ovelhas, cabritos e galinhas também teve início nessa época. Trazido da Europa pelo mar até o Porto de São Vicente, o gado era levado para a Bahia e outras Capitanias do Nordeste. Na direção do Oeste, chegaram aos currais de Goiás e Mato Grosso. Em Minas Gerais, eram famosas as manadas de gado dos criadores de São Vicente.

Destruída por violenta ressaca em 1542, a primitiva vila desapareceu.O mar agitado avançou demais, engoliu a praia a entrou pelas pequenas ruas, destruindo a Igreja Matriz, a Casa do Conselho, a Cadeia, os estaleiros, o pelourinho e inúmeras casas. Foi reconstruída mais acima, ao lado da Matriz de São Vicente, edificada em 1552 e onde se encontram enterradas figuras da história vicentina. A decadência começou quando a economia se voltou para o interior da Capitania e descobriu-se que outro porto, do outro lado da ilha, em Santos, tinha melhor calado e condições para operar com as embarcações mercantes.

Por volta de 1560, São Vicente sofreu um maciço ataque dos índios tamoio. Eles se aproveitaram da ausência dos homens, que haviam sido chamados em uma missão de socorro no Rio de Janeiro, e queimaram as plantações, quebraram as ferramentas e utensílios agrícolas e destruíram as fazendas.

Em dezembro de 1591, a São Vicente foi saqueada pelo pirata inglês Thomas Cavendish, que retornava de um ataque a Santos. Ele e seus homens roubaram e atearam fogo em diversas partes da Vila, causando enormes prejuízos. O pirata fugiu, mas um temporal o impediu de seguir viagem Ele retornou e tentou uma nova investida. Porém, desta vez a população das duas vilas estava preparada e Cavendish foi repelido.

Em 1615, outro pirata atacou São Vicente. O holandês Joris Van Spilbergen dividiu seus homens e, enquanto um grupo saqueava a Vila para obter alimentos, o restante dos homens invadia a vila vizinha. Os piratas ocuparam o engenho e entraram em luta com os moradores locais. Os invasores foram expulsos e a vida, aos poucos, voltou ao normal.

São Vicente foi a primeira sede do que hoje é o Estado de São Paulo, bem como o primeiro nome da região. Foi de São Vicente que partiram os exploradores que iriam fundar as principais cidades que proporcionaram a colonização do planalto de Piratininga - São Paulo e demais cidades, e que levariam ao centro oeste do Brasil.

Hoje São Vicente é uma cidade de 302.000 habitantes (censo IBGE-2000) e 146 quilômetros quadrados e tem como principal atividade econômica o turismo. Abrigou a primeira câmara municipal das américas e foi a primeira cidade brasileira.

São Vicente é considerada Cidade Monumento da História Pátria, Cellula Mater da Nacionalidade, pela Lei Federal 4603/65. Foi a Capital dos Paulistas durante 177 anos.



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